A apnéia obstrutiva do sono é um distúrbio que consiste em episódios repetidos de pausas na respiração durante o sono, conhecidos como apnéias, normalmente com duração de mais de 10 segundos. A principal causa de obstrução é o colapso das paredes das vias aéreas superiores.

A apnéia obstrutiva do sono afeta pouco mais de 25% da população e afeta negativamente a qualidade de vida dos pacientes. Não só atrapalha o descanso durante a noite, o que, em casos extremos, pode até levar à morte, mas também a atividade diária, acompanhada de sonolência e fadiga crônica. Ainda mais grave, a apnéia do sono causa uma redução no oxigênio transportado pelo sangue, resultando em hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, alterações metabólicas e hormonais e aumento do risco de acidente.

Sintomas associados com a apnéia do sono

A presença de dois dos seguintes sintomas, na ausência de outras causas, pode ser um indicador de Apnéia Obstrutiva do Sono:

1. Ronco irregular, alto e interrompido, acompanhado de apnéias durante o sono.

2. Cansaço durante o dia.

3. Fadiga crônica.

Teste diagnóstico

O diagnóstico da apnéia do sono é realizado por meio de um teste chamado polissonografia, que monitora diversas variáveis durante o sono, utilizando dispositivos especiais. Esse teste é realizado pela equipe de Neurofisiologia e, sendo um distúrbio multidisciplinar, o cirurgião buco-maxilo-facial precisa estar coordenado com toda a equipe de especialistas, que geralmente inclui neurologistas, neurofisiologistas e otorrinolaringologistas.

Tratamento da apnéia do sono: níveis de abordagem

Normalmente, existem quatro níveis de abordagem no tratamento da apnéia obstrutiva do sono:

1. Perda de peso.

2. CPAP.

3. Talas de avanço mandibular.

4. Cirurgia Ortognática.

Um dos tratamentos recomendados por muitos anos foi o CPAP (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas), que é um dispositivo usado à noite, que consiste em uma máscara conectada a uma máquina que bombeia ar pressurizado para evitar o colapso das vias aéreas do paciente. A maioria dos pacientes que sofrem de apnéia do sono descreve o CPAP como uma máquina "horrenda". Intolerância ao ruído e à máscara, congestão nasal e irritação das mucosas fazem com que 70% dos pacientes parem de usar o CPAP e encontrem uma alternativa mais confortável e eficaz.

As talas dentárias de avanço mandibular constituem um elemento diagnóstico e uma solução temporária para casos menos graves de apnéia do sono. Segundo estudos recentes, o uso prolongado dessa tala pode causar alteração da mordida e deterioração da articulação temporomandibular.

No entanto, graças à dedicação contínua e intensa pesquisa em apnéia obstrutiva do sono, ficou demonstrado cientificamente que a cirurgia ortognática fornece uma solução definitiva para esse grave problema em pacientes com deformidades dentofaciais. A cirurgia ortognática pode promover aumento no volume das vias aéreas faríngeas.

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