A Clínica de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial conta com moderna tecnologia para realização de procedimentos cirúrgicos com mínimo trauma cirúrgico.
A piezocirurgia utiliza micro-vibrações para realizar cortes ósseos (osteotomias) com precisão, delicadeza e de forma conservadora e atraumática. É uma tecnologia que emprega ondas de ultrassom que permitem ao cirurgião um detalhamento técnico muito maior do que as serras e brocas convencionais.
O equipamento de piezocirurgia consiste em uma plataforma que converte a corrente elétrica em ondas ultrassônicas, por meio de um transdutor especial, ligado a uma peça de mão, anexa a bisturis ou pontas de corte, diamantadas ou de titânio, disponíveis em variadas formas. O ultrassom piezelétrico promove um padrão vibratório linear com frequência de 24,7 a 29,5 kHz, e uma potência que pode variar entre 2,8 a 16 W, de acordo com a densidade do osso que se pretende cortar. A piezeletricidade é três vezes mais potente que ultrassons comuns e, portanto, pode cortar tecidos altamente mineralizados, inclusive tecidos ósseos e dentários.
A principal vantagem da cirurgia piezelétrica é que, uma vez em contato com tecidos moles, o dispositivo ativo de corte cessa sua atividade, preservando totalmente a integridade de vasos e nervos, freqüentemente e/ou acidentalmente comprometidos ao usar serras cirúrgicas convencionais ou brocas.
Ao utilizar serras comuns ou brocas em osteotomias, há necessidade de se aplicar pressão, mesmo que discreta, para que se obtenha o corte, implicando em certo grau de aquecimento, tanto do osso quanto dos tecidos moles adjacentes. O corte piezelétricoexige pressão mínima, pois o excesso de força sobre o instrumento interrompe a sua atividade sobre o osso. Deve-se realizar apenas a apreensão firme, o que resulta em um mínimo aquecimento, diminuindo o risco de osteonecrose, garantindo a vitalidade das células ósseas, importantes para o reparo. Quanto mais suave a pressão da serra piezelétrica sobre o osso, mais linear a vibração do instrumento e melhor o corte.
Uma vez que não lesa tecidos moles, o dispositivo reduz sensivelmente o sangramento durante as intervenções cirúrgicas, melhorando a visibilidade durante o procedimento e diminuindo fenômenos inflamatórios indesejáveis, como edema e dor.
O aparelho corta o osso seletivamente, com suavidade, precisão micrométrica e com qualidade comprovadamente superior à das serras oscilatórias convencionais - que utilizam macro vibrações ou brocas cirúrgicas - utilizando macrorotações, preservando tecidos moles e feixes vasculonervosos. A análise microscópica de tecidos ósseos obtidos durante procedimentos cirúrgicos com a micro serra piezelétrica revelou integridade celular nas superfícies ósseas e ausência de necrose por coagulação, além de preservação de vitalidade pulpar em cirurgias odontológicas.
Os primeiros trabalhos odontológicos a respeito descreveram a utilização da serra piezelétrica em cirurgias pré-protéticas e enxertos sinusais, depois as técnicas foram se diversificando para procedimentos como: osteotomias, osteoplastias, levantamentos de seio, expansão de rebordo alveolar, extração de raízes com anquilose alveolodentária, corticotomias de precisão para movimentação dentária, osteotomias de segmentação de maxila e para expansão rápida cirurgicamente assistida, distração osteogênica, obtenção de osso autógeno para enxertos, entre outros.
Atualmente a Clínica de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial, utiliza a piezocirurgia em diferentes procedimentos cirúrgicos como em cirurgias ortognáticas, instalação de implantes dentários, em enxertos ósseos e em extrações dentárias.
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